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Se abundam, como é sabido, ñas possessoes portuguezas, os productos de que mandámos amostras, porque daremos urna singular de- monstra^ao de avidez, recolbendo essas amos­tras, como se o museu colonial fosse algum museu de anligualhas e raridades, destinadas a figurar, por emprestimo, e bem guardadas, no pavilháo dos amadores?

Para evitar as difficuldades de urna resposta satisfactoria a esta inevitavel pergunta, publi- cou o commissariado um aviso, e acceitei eu mais urna responsabilidade, esperando que a benemérita direccao do museu, que tantos ser­vidos tem prestado, nao me deixará ficar mal.

O aviso dizia o seguinte:

«Tendo a direccao do museu colonial por- tuguez disposto das suas eollecQoes, o commis­sariado regio nao poderá ceder os tvpos expos- tos. As requisigoes de amostras de productos das possessoes portuguezas, para museus e ou- tros estabelecimentos públicos, deverao ser di­rigidas ao conselheiro Fradesso da Silveira, com- missario regio de Portugal, que as transmittirá e recommendará ao museu colonial de Lisboa,