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Relatorio do servico do Commissariado Portugez em Vienna de Austria na exposicao universale de 1873 / dirigido a sua Magestade El-Rei o Senhor D, Luiz i pelo conselheiro Fradesso da Silveira
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sicao, que durou seis longos mezes, se poderia ao menos, em attencao aos preceitos mais elementares da contabilidade, formular urna conta na qual se ma- nifestasse claramente o que tem cada um a pagar.

Tudo quanto era devido pelo transporte dos pro­ductos, desde que foram carregados em Lisboa até que foram recebidos emVienna, está de lia muito saldado pelo governo portuguez. o disse, e agora repito: a repartido deveria dirigir-se ao expedidor, e no caso de recusa nao teria esperado seis mezes para ser embolsada.

Se a somma que a repartigao reclama era de urna di­versa origem, se provinha dos salarios abonados a tra­bajadores, no recinto da exposigao, tendo o negocio outro carácter, nada se deveria ter pedido ao expedi­dor, e o commissario nao se recusaría ao pagamento exigido; mas em todo o caso nao se dispensaría a re- gularidade, pagaríamos á vista de urna conta, e nao á vista da simples reciamagao de urna quantia, sendo impossivel qualquer conferencia.

Lamento, sr. baráo, que a repeticao das irregula­ridades me obrigue a ser severo, e peco-lhe que nao continué urna discussao desagradavel, que se dispen­sará logo que me seja apresentada a conta regular que ha cinco mezes reclamo.

Devo partir ámanhá, e demorar-me-hei durante um mez em Bruxellas, ficando ahi regularmente inslallada a secretaria do comrnissariado, porque tenciono, em